24 de novembro de 2009

Quem Sou Eu

Sou um matuto fajuto
Talvez, matuto moderno
Que gosta de estudo
Mas não gosta de caderno.

Campinense, de nascimento
Trezeano de coração
E não tem nenhum sofrimento
Que destrua essa paixão.

Porém amo outra cidade
Areia, onde me criei
Mas veio a contabilidade
E dela, também me mudei.

Me dou muito bem no campo
Mas cidade grande me agrada
Mudo-me de tempo em tempo
"Jampa" agora é minha morada.

Viajo toda semana
A procura do que gosto
Se ela é grega ou se é troiana
Com isso eu não me importo.

Branquinha ou morena tição
A cor dela não me importa
Se a boca chamar atenção
Seja grande, pequena ou torta.

Apaixonado pela vida,
Mais ainda por mulher
Gosto de mulher resolvida
Daquela que sabe o que quer

Outra paixão que mantenho
E me mata de saudades
É que em toda cidade eu tenho
Pra mais de mil amizades

Coisa que eu gosto muito
Certeza é de uma boa farra
Se me chamar num minuto
Bebo no copo ou na jarra

Gosto de cerveja e de cana
Isso é fácil perceber.
Fico com Maria ou Ana
A primeira que aparecer.

Aqui contei minha vida
Agora termino esta rima,
Só não falei da ferida
Esta sim é minha sina.

O que posso fazer?
Se é difícil transcrever
Pior ainda resolver
Pois pode até não parecer

Mas sou um mero aprendiz
Por isso vivo tão disperso
Pois quem eu quero não me quis,
E quem me quer, não tem sucesso.






t.a.Vasconcelos

Um comentário:

  1. Quem faz rimas entende da sonoridade das palavras mas nem sempre entende da vida

    A sensibilidade não está nos relatos
    mas no que se enxerga por trás dos fatos,

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