Sou um matuto fajuto
Talvez, matuto moderno
Que gosta de estudo
Mas não gosta de caderno.
Campinense, de nascimento
Trezeano de coração
E não tem nenhum sofrimento
Que destrua essa paixão.
Porém amo outra cidade
Areia, onde me criei
Mas veio a contabilidade
E dela, também me mudei.
Me dou muito bem no campo
Mas cidade grande me agrada
Mudo-me de tempo em tempo
"Jampa" agora é minha morada.
Viajo toda semana
A procura do que gosto
Se ela é grega ou se é troiana
Com isso eu não me importo.
Branquinha ou morena tição
A cor dela não me importa
Se a boca chamar atenção
Seja grande, pequena ou torta.
Apaixonado pela vida,
Mais ainda por mulher
Gosto de mulher resolvida
Daquela que sabe o que quer
Outra paixão que mantenho
E me mata de saudades
É que em toda cidade eu tenho
Pra mais de mil amizades
Coisa que eu gosto muito
Certeza é de uma boa farra
Se me chamar num minuto
Bebo no copo ou na jarra
Gosto de cerveja e de cana
Isso é fácil perceber.
Fico com Maria ou Ana
A primeira que aparecer.
Aqui contei minha vida
Agora termino esta rima,
Só não falei da ferida
Esta sim é minha sina.
O que posso fazer?
Se é difícil transcrever
Pior ainda resolver
Pois pode até não parecer
Mas sou um mero aprendiz
Por isso vivo tão disperso
Pois quem eu quero não me quis,
E quem me quer, não tem sucesso.
t.a.Vasconcelos
Agradecendo
Há um mês
Quem faz rimas entende da sonoridade das palavras mas nem sempre entende da vida
ResponderExcluirA sensibilidade não está nos relatos
mas no que se enxerga por trás dos fatos,